O Poeta faz da angustia
A sua Arte.
Levanta as máguas
Aos cimos dos versos.
Ele escreve as tristezas
Pelas alegrias esparsas.
Atravessa uma estrada reta
Através de curvas.
É capaz de sentir
Nas pedras,
De viver
O Mundo das folhas...
De seguir os ventos
Até onde eles vão...
É capaz de tudo;
É capaz da Paz.
Ele olha e vê,
O que mais ninguém vê,
Mesmo de olhos
Totalmente vendados..
O Poeta é de uma real
Realidade tão à cima
Que passa a fictício.
Ele é o auge bravio
Sem fazer bravuras...
Sem fazer um ato grosseiro...
O Poeta é Poeta,
É terra e ar;
Noite e dia;
Lua e Sol...
É a brisa,
Os pingos da chuva;
É o inverno
E o verão...
A mata esguia;
As altas árvores.
É o verde esperança;
O azul celeste...
- A Natureza...
Ele é toda a Terra,
Sua abóbada;
Sua atimosfera...
Este Sistema Solar.
E o Universo
em que ele enconta-se e encontra-nos...
Talves até Deus
Tenha sido Poeta,
Que não foi claramente
Entendido e seguido ao pé.
Mas que ainda
Conseguiu deixar
Um pequeno ar de Poesia
Em tudo que criou...
Já que a Poesia
É fantasia..
Um tom de tristeza
Na aparente alegria...
É Deus foi Poeta.
E o Poeta não é Deus...
É só Gente criatura...
Criada por Deus
Em osso e pele...
O deslumbre
Puro...
Água da fonte...
Em seu veio lindo...
Do meigo sentimento...
O Poeta é tudo...
Tudo o que eu não sou.
André Luiz
em 04 de dezembro de 1980
sábado, 28 de março de 2009
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